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Página anteriorUma viagem fascinante pelo mundo do vinho com Júlio Anselmo
Foto: Canindé Soares/Deguste |
A história do vinho foi um dos principais assuntos abordados na noite |
Cerca de 70 pessoas participaram ontem da abertura do I Panorama de Vinhos do Mundo, numa iniciativa inédita do médico e enófilo Elmano Marques, em parceria com o consultor Gilvan Passos.
O curso, que se encerra amanhã, está sendo realizado no auditório do Hotel-Escola Senac Barreira Roxa e tem com palestrante o médico mineiro e também enófilo Júlio Anselmo, autor do livro “O Vinho no Gerúndio”.
Anselmo iniciou sua conversa falando rapidamente sobre a história do vinho, a bebida mais Antiga da humanidade, e que está intimamente ligada à própria história do homem.
Segundo ele, há indícios de que o vinho tenha mais de 7.000 anos, com origem mais provável na região da antiga Mesopotâmia, hoje Iraque.
Países como o Egito e a Grécia, segundo Anselmo, foram muito importantes para que o vinho pudesse ser cultivado posteriormente em outras áreas, principalmente na Europa.
Com a chegada da Idade Média, o Império Romano foi decisivo nessa questão. Os romanos levaram as uvas para países como Portugal, Espanha, França e Itália, e são considerados os “pais” da vitivinicultura moderna. Nas Américas, as primeiras mudas de uvas foram trazidas por Cristóvão Colombo.
Anselmo ao lado dos organizadores do evento, Gilvan Passos e Elmano Marques |
Com boa formação teórica sobre o mundo dos vinhos, Júlio Anselmo sabe da importância de deixar esse tipo de palestra mais interessante para que não canse o público.
Sempre com ótimas tiradas, o médico conseguiu deixar as pessoas concentradas o tempo todo sobre o que ele falava, principalmente quando o melhor da noite começou, a degustação dos vinhos.
Didático, ele falou da importância dos aspectos que envolvem a avaliação de um vinho, que deve ser observado primeiramente no aspecto visual, depois no olfativo e por último o gustativo.
No visual foram observadas a questão da cor do vinho, transparência, brilho e as “lágrimas”, que têm relação direta com o teor alcoólico da bebida. O olfativo serve primeiramente para a identificação dos aromas, que podem ser de fruta, carvalho, floral e especiarias, dentre outros. No gustativo Júlio Anselmo destacou o volume que o vinho passa à boca, o corpo, a acidez (fundamental para os vinhos brancos), o álcool, os taninos e a adstringência.
Aspecto visual | e olfativo do vinho | avaliados pelo palestrante |
À cada rótulo que era servido o consultor instigava o público a avaliar o vinho juntamente com ele. Com isso, a palestra tornou-se bem mais interessante e com boa participação, com “pitacos” de todo tipo, tudo muito descontraído.
Rótulos degustados no primeiro dia de curso |
Ao todo foram servidos nove vinhos, quatro brancos e cinco tintos: O Saint Clair Family Estate 2009, um Sauvignon Blanc da Nova Zelândia; o australiano Glen Carlou Tortoise 2007, com 50% de Saivgnon Blanc e 50% Viognier; San Pedro de Yacochua, um torrontés argentino 2008; De Martino Leyda Reserva 2008, um bom chileno feito com Chardonnay; o Sant Clair Family Estate 2008 Pinot Noir; Luigi Bosca Malbec 2006 da Argentina;
De Martino Gran Familia 2004 Cabernet Sauvignon;
o sul africano Remhoogte 2006, um corte das uvas Merlot, Cabernet Sauvignon, Shiraz e Pinotage, e o australiano Fox Creek Short Row, um Shiraz 2006.
Entre a degustação dos vinhos brancos e tintos foi montada uma bonita mesa com queijos, frios e pães. Na programação de hoje Júlio Anselmo vai falar sobre as características de mais 10 rótulos de países produtores diferentes.