A Função do Vinho à Mesa

Saberes do Vinho - Gilvan Passos

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É na mesa que o vinho cumpre o seu papel mais relevante, participando das várias etapas de uma refeição. Por esta razão é que são classificados como: vinhos aperitivos (para acompanhar os antepastos e entradas), vinhos de mesa (servidos com os pratos principais) e vinhos digestivos (que acompanham as sobremesas).
 
Para que o leitor entenda melhor em qual situação cada tipo de vinho se enquadra, segue abaixo uma descrição completa da função do vinho, seu tipo e estilo. 
 
Os Vinhos Aperitivos, como o próprio nome diz, são aqueles que estimulam, abrem o apetite, combinando com todos os pratos leves que abrem a refeição, todavia podendo ser apreciado solo, como forma de preparar as papilas e o aparelho digestivo para a refeição que virá. Os vinhos mais adequados como aperitivo necessitam ser secos e leves, preferencialmente brancos e notadamente ácidos. 
 
Os Vinhos de Mesa são teoricamente os vinhos mais importantes de uma refeição, os coadjuvantes da cena gastronômica, que contracenam com o prato protagonista, que é o prato principal. Os vinhos de mesa podem ser espumantes, vinhos brancos, rosados ou tintos, desde que secos, e seu gradiente de estrutura deverá ser sempre compatível com a estrutura do prato a que se destinam. 
 
Os Vinhos de Sobremesa, também conhecidos como Vinhos Digestivos ou Vinhos Licorosos, em alusão aos licores, são ideais para acompanhar as sobremesas, podendo ser espumantes, tranquilos (sem gás) ou fortificados. São sempre doces e o gradiente de estrutura também deverá ser compatível com o prato em questão. Entre os espumantes, um bom exemplo é o nosso Moscatel. Na categoria dos vinhos doces naturais, podem se contar com os Late Harvest (colheita tardia), ou mesmo os vinhos botrytizados. Entre os fortificados encontram-se o Vinho do Porto, Madeira e Moscatel de Setúbal (portugueses). 
 
Distinguir um vinho aperitivo (seco, leve e ácido – fresco) de um vinho de sobremesa (doce) é sobremaneira importante, porque enquanto no seco a acidez e a isenção de açúcar estimulam o apetite, o açúcar residual (a doçura) dos vinhos de sobremesa, inibe-o.