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Com frequência sou questionado nas degustações ou por amigos sobre onde comprar vinhos.
Foto: Thyago Macedo / Revista Deguste |
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Pois bem, aqui vão algumas questões que devemos analisar para decidir quando comprar em uma loja especializada (adega, empório, distribuidora de bebidas) ou em um supermercado:
1) Preço
Os supermercados focam no consumo massificado, ou seja, o público que vai buscar produtos de consumo diário acaba tendo a opção de adquirir também um vinho para o seu dia-a-dia, com custo não muito alto para não destoar dos outros itens de seu carrinho de compras.
Em contrapartida, as adegas trabalham com uma clientela específica, mais elitizada e exigente, disposta a investir em vinhos mais caros e para ocasiões especiais. Podemos dizer que todo cliente de adega é também cliente de supermercado, porém nem todo consumidor de supermercado compra em empórios.
2) Logística e manuseio
Os negócios especializados em comercio de vinho e produtos finos tem todo um cuidado especial ao armazenar o produto em seus estoques. Quando expostas em gôndolas ou prateleiras, as garrafas estão devidamente deitadas e climatizadas em temperatura ideal.
Já nos supermercados, os vinhos estão dispostos em pé nas gôndolas e em temperatura ambiente (em torno de 21°C dentro das lojas). Também nos depósitos e centros de distribuição, não há um protocolo diferenciado para o manuseio de garrafas de vinho.
3) Ajuda de um especialista
As lojas especializadas sempre contam com um vendedor que possa ajudar na escolha do vinho ideal para a ocasião desejada. Os melhores negócios dispõem de sommeliers formados que acumularam grande experiência durante a vida, participando de degustações e cursos, além do contato diário no desenvolvimento de suas funções no trabalho.
Em grandes centros de compra, o máximo que se pode encontrar é um “promoter” de alguma marca específica, que informa com o intuito de vender o seu produto.
Gostaria de deixar claro que não tenho nada contra comprar vinhos em supermercados, é possível ser um consumidor flexível que adquire vinhos rotineiros nos grandes centros de compra e, além disso, consome vinhos mais encorpados e elaborados em empórios e adegas.
E, como sempre, “in vino veritas”, não temo em confessar que também sou consumidor “flex”. E você?