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Página anteriorSlow coffee e comfort food são tendências em cafeterias
Por Liana Baggio Ometto*
Vivemos na era da velocidade, no século conhecido como "quanto mais rápido, melhor". Em um piscar de olhos, a novidade já está obsoleta e outra experiência mais agradável e tecnológica assumiu seu lugar. Submersos no trânsito diário, na superficialidade dos fast foods e nas poucas horas de sono, não é raro ouvirmos reclamações sobre a falta de tempo.
É comum não paramos para apreciar uma bela paisagem, para ouvir uma música que gostamos ou, nem mesmo, para sentir o prazer de uma boa refeição. Diante de todo esse caos moderno, uma tendência tem ganhado cada vez mais adeptos, a de diminuir o ritmo, atrasar os ponteiros do relógio e, sem medo e sem pressa, aproveitar uma boa xícara de café.
Esse movimento, também chamado de slow coffee, está conquistando seu espaço no Brasil. Conforto, diversidade e baristas qualificados, entraram na lista de exigências dos frequentadores de cafeterias, que desejam apreciar um café sem pressa e com excelência. Mais do que um cafezinho, os chamados coffee lovers desejam o aconchego e o prazer de uma pausa recheada de qualidade e sabor na correria do dia a dia.
Aconchego é também a palavra chave de uma tendência conhecida como comfort food, que tem como essência apresentar uma culinária baseada na simplicidade das coisas, recheada por aromas e sabores que marcaram nossa infância ou uma situação agradável pela qual passamos.
Contudo, apesar de parecer novidade, a origem desses conceitos vieram lá da década de 80. Ambos foram motivados pela busca por uma alimentação mais saudável e sustentável em contraponto ao fast e junk food. Enquanto o slow coffee visa o aumento do prazer proporcionado pela bebida, o comfort food representa o resgate do prazer de consumir uma comida saborosa, preparada com ingredientes saudáveis, de maneira simples, mas com grande valor sentimental.
Mesmo sendo muito conhecidas no exterior, os brasileiros começaram a valorizar e apreciar essas tendências recentemente. Um bom exemplo é o crescimento do número de cafeterias gourmet abertas no país. Segundo uma projeção realizada pela consultoria Mintel, o número de lojas do ramo no Brasil deve aumentar 70% até 2018.
Não imagino combinação mais perfeita do que um café de qualidade, passado na hora, no coador, acompanhado por um delicioso bolo caseiro. Agora, se você ainda não se deu ao luxo de apreciar um cafezinho com calma, com uma comida que lhe traga boas lembranças, meu conselho é: não perca mais tempo! Permita-se viver essa experiência e ter um momento memorável agora mesmo. Tenho certeza que você não vai se arrepender.
*Liana Baggio Ometto é fundadora da Baggio Café.
Sobre a Baggio Café:
www.baggiocafe.com.br – (19) 3541 7000
A história da família Baggio com o cultivo de café iniciou-se em 1886, quando Salvatore Baggio, imigrante italiano, chegou à região da Alta Mogiana, no interior de São Paulo. Com muito trabalho, em 1890, comprou seu primeiro pedaço de terra. Logo foi crescendo pelo estado de São Paulo, Paraná e em meados dos anos 70 seus descendentes expandiram a produção para o sul de Minas Gerais. O carinho e a tradição do cultivo foram transmitidos de geração para geração, sendo preservado o conceito artesanal e puro deixado pelos ancestrais, associado a uma tecnologia de ponta e ao acompanhamento de agrônomos renomados. Em 2006, Liana Baggio Ometto, bisneta de Salvatore, resolveu dar um novo e importante rumo à história da família, criando a marca Baggio Café. A empresa utiliza um delicado processo para torrar os grãos produzidos nessas fazendas para transformá-los num saboroso e diferenciado produto. O portfólio atual inclui as linhas Baggio Gourmet (duas vezes eleita como Melhor Café do Brasil, pela ABIC), Baggio Bourbon (também premiado pela ABIC), Baggio Aromas, Gran Reserva, Caffé.com e Fatto Uno.