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Página anteriorNatal ganha cervejaria artesanal
| Fotos: Rogério Vital / Deguste |
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| Alysson Marconni fundou a cervejaria artesanal com o pai |
Muito apreciada no Brasil e em todo o mundo, a cerveja vem ganhando espaço no país pelas mãos de apaixonados por essa bebida que cada vez mais têm criado seus próprios locais de produção. Em Natal, esse é o caso do dentista piauiense radicado na cidade Alysson Marconni Holanda Lima, que fundou com seu pai, Francisco Neuton Lima, a Cervejaria Holanda e se prepara para lançar o produto no mercado.
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Tudo começou em 2009, quando os dois participaram de um curso rápido de degustação de cervejas em Natal promovido por um grupo de pessoas que em 2010 fundou a Acerva Potiguar (Associação dos Cervejeiros Artesanais Potiguares). Alysson e Francisco, inclusive, participaram da criação da associação. A partir daí o interesse ficou maior e os dois passaram a frequentar cursos e a comprar livros da temática, além de fazer visitas a cervejarias em importantes países produtores de cerveja, como Bélgica, Holanda, Alemanha, França e Estados Unidos.
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Com o conhecimento adquirido, foi possível iniciar a produção das primeiras cervejas tipo chopp (não-pasteurizadas), ainda que de forma rudimentar, utilizando apenas uma panela. Quem produz cerveja assim é chamado de homebrew. No começo foram produzidos dois tipos de cervejas, uma lager e uma tipo mosteiro.
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Alysson conta que a grande dificuldade nessa época era conseguir manter o padrão das cervejas devido ao maquinário de produção se resumir a basicamente uma panela. Foi aí que se viu a necessidade de usar equipamentos melhores e, assim, a Holanda passou a se enquadrar como uma nanocervejaria, com capacidade para produzir até 400 litros de cerveja por mês.
Esses novos equipamentos permitiram um maior domínio no processo de produção da cerveja e, hoje, é possível, por exemplo, controlar o amargor da bebida. Esse será o grande diferencial da Cervejaria Holanda quando ela estiver regulamentada para vender a bebida – Alysson e Francisco já deram entrada na documentação no Ministério da Agricultura em fevereiro. O cliente vai poder personalizar a cerveja da forma que ele mais gosta. Por enquanto a cerveja é degustada apenas entre amigos.
Outro ponto forte das cervejas produzidas pela Holanda é a matéria-prima utilizada. Tanto o malte como o lúpulo são importados da Bélgica, país que inspira a nanocervejaria potiguar. Além disso, o grau de pureza é de 5%, ou seja, os aditivos colocados na cerveja são, no máximo, esse número. Essa cifra é a mesma das cervejarias alemãs, que devem cumpri-la por força de uma lei do país.
Atualmente, a Cervejaria Holanda produz quatro tipos de cerveja que já possuem nomes comerciais: Norton, Nova Amsterdã, Rubia e Rubia Pineapple. A Nova Amsterdã ganhou esse nome em homenagem a Natal, que foi chamada assim durante a invasão holandesa à cidade no século XVII, e também ao país europeu, muito famoso por suas cervejas.






