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Fotos: Canindé Soares/Deguste

Jorge Lucki atraiu apreciadores de vinho da cidade em palestra realizada na Grand Cru Natal

Um dos maiores especialistas em vinho do país fez um brinde aos natalenses na noite dessa quarta-feira, 26, quando expôs de forma simples e objetiva um pouco do vasto conhecimento que acumulou em torno da bebida. Jorge Lucki, que esteve pela primeira vez na capital potiguar, fechou o projeto ‘Testing Grand Cru’, em homenagem aos sete anos da presença da importadora no Brasil. Ele ministrou a palestra ‘Chile x Argentina: os dois lados da Cordilheira, seus vinhos e estilos’, quando fez uma análise de quatro vinhos.

Segundo o consultor da Grand Cru, os vinhos produzidos nesses países respondem por cerca de 62% do consumo no Brasil. Os demais rótulos se dividem entre nacionais, portugueses, italianos, franceses e espanhóis. “A grande magia do universo do vinho é a diversidade. Somos um dos poucos países com o privilégio de termos todos os bons rótulos do mundo”, frisou Lucki, que por diversas vezes disse não existir um “melhor” vinho.

O especialista pontuou características climáticas entre os países escolhidos. Enquanto o Chile recebe uma corrente marítima advinda do oceano Pacífico, a Argentina recebe influência unicamente continental. “São estilos e condições naturais diferentes”, disse o enófilo, que preza pela sofisticação do vinho, mas não por sua elitização.

A palestra elucidou peculiaridades dos vinhos tintos Riglos Gran Corte 2005 (Argentina), Pulenta Gran Malbec 2007 (Argentina), Santa Rita Pehuén Carménère 2005 (Chile) e Santa Rita Triple C 2004 (Chile)

Da Argentina, Lucki detalhou a região vinícola de Mendonza e apresentou características do primeiro vinho degustado, o Pulenta Gran Malbec 2007, produzido a mil metros acima do nível do mar. “É um vinho mais frutado que pede pratos mais suculentos”, disse.

O segundo rótulo, Riglos Gran Corte 2005, composto de uvas malbec e cabernet sauvignon, foi considerado “mais complexo de se tomar que o primeiro”.

Do Chile, o consultor detalhou vinhos produzidos na região do Valle de Maipo, considerado uma das mais importantes do país. “As vinícolas que produzem o Santa Rita Pehuén Carménère 2005 são as mais consistentes do Chile”, classificou, encerrando a explanação com a apresentação do Santa Rita Triple C 2004. “Ele é composto do corte que tem nas iniciais das uvas a letra C: 55% cabernet franc, 30% cabernet sauvignon e 15% carménère”, disse.

Participaram da palestra cerca de 40 apreciadores do vinho. O evento superou todas as expectativas, segundo Rodrigo Lima, franqueado da Grand Cru em Natal. "A procura foi superior à capacidade do local. O momento primou, principalmente, pelo alto nível da palestra e pela qualidade do jantar oferecido aos participantes. Foi uma noite especial e Jorge Lucki veio nos brindar com seu conhecimento sobre vinhos", destacou.

Lombo suíno com vinagrete de cana-de-açúcar e purê de banana

Jantar harmonizado
A programação foi encerrada com um jantar harmonizado pela chef Sônia Benevides, que preparou como entrada uma salada de erva doce com sorvete de capim santo com limão e ostra defumada com gelatina de maçã verde. O primeiro prato servido foi atum com caviar de melão e cajá com salada de melancia e mostarda dijon.

Já o prato principal foi preparado com lombo de porco com vinagrete de cana-de-açúcar, purê de banana e especiarias. Como sobremesa, os participantes degustaram um irreverente picolé de banana com castanha e bolo de queijo manteiga.

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