Presenteando com Vinhos Espumantes

Saberes do Vinho - Gilvan Passos

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Inicialmente, cabe dizer que o Espumante é um tipo De vinho, e, portanto, deve-se chamá-lo de vinho espumante. Este é, sem dúvida, o tipo e vinho mais consumido durante as festividades de final de ano.

O vinho espumante, apesar de ser um vinho para todas as ocasiões, ainda está no inconsciente coletivo dos apreciadores como um vinho de celebração, destinado excepcionalmente para os momentos festivos, as celebrações, comemorações e confraternizações.

Poucos percebem a versatilidade desse tipo de vinho, que pode ser elaborado com diversas castas, por diversos métodos de espumatização, em diversas denominações de origens pelo mundo, com misturas ou não de safras, e em diversos estilos e sabores, indo do mais seco: Nature, aos mais doces: Moscatel.

Para presentear um bebedor iniciante, ainda não totalmente afeito ao paladar dos vinhos secos, a melhor alternativa talvez sejam os espumantes doces como o italiano Asti, o Moscatel brasileiro, Demi-Sec em geral, e mesmo os frisantes (com menos gás) abboccato (suaves) da Itália.

Já os bebedores iniciados costumam apreciar os espumantes doces em geral com sobremesas, que é o propósito maior de existência destes vinhos, e os Brut (secos) com entradas, antepastos leves e até mesmo com pratos principais de frutos do mar e pescados.

Todavia, a diversidade é o ponto alto deste tipo de vinho que pode acompanhar uma refeição do início ao fim, e esta é a deixa utilizada pelos enófilos mais experientes, quando da sua apreciação.

Os grandes apreciadores, conhecedores do potencial deste vinho sempre consideram que toda essa diversidade corrobora com as inúmeras e diversas situações de harmonização.

Para eles, os espumantes Brut, produzidos pelo método Charmat, mais frescos, leves e frutados, brancos ou rosados, são vinhos aperitivos (que abrem o apetite), e além de servirem para bebericar sem qualquer compromisso nos dias quentes, formam também um par perfeito com as saladas, entradas e iguarias leves apreciadas como aperitivo.

O Brut ou Extra Brut brancos e rosados, elaborados pelo Método Champenoise (método de espumatização do Champagne) com maturação sur lie (sobre as leveduras) longa ou curta, são a seu tempo ideais para acompanhar os pratos mais importantes de uma refeição (pratos principais), quais sejam pescados, frutos do mar, carnes brancas, massas com molhos vermelhos e até carnes vermelhas. Mas há, ainda, os raros espumantes tintos que acompanham bem feijoada, carnes vermelhas, risotos de carnes e fungh, entre outros. E os Moscateis ou vinhos espumantes doces que são perfeitos como digestivos leves no acompanhamento de sobremesas igualmente leves à base de frutas tropicais, sorvetes, tortas, bolos e panetones tão comuns nessa época.

Vê-se por esta descrição que a versatilidade desse tipo de vinho é um ponto positivo, facilitando muito o ato de presentear, uma vez que, além de plural na diversidade o é também no preço.