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Fotos: André Stuckert

Uma carreata realizada na manhã desta sexta-feira (19), com representantes do setor de bares e restaurantes em Natal, reuniu em torno de 800 pessoas, que protestaram contra as recentes medidas restritivas instituídas por decreto conjunto entre Prefeitura do Natal e Governo do Estado, em vigor a partir de amanhã.

Durante o percurso, realizado pela BR-101 até a entrada da Governadoria, os participantes cobraram medidas de apoio à classe trabalhadora afetada contra o fechamento total ou parcial dos estabelecimentos não considerados “serviços essenciais”. O decreto, tido pela classe como muito prejudicial aos seus negócios, incide também sobre os profissionais de eventos, buffets, ambulantes, músicos e vendedores de barracas de praia.

De acordo com o chef e consultor Walter Dantas, um dos organizadores, a manifestação terminou atraindo muito mais gente do que se esperava, comprovando a urgência de medidas que venham a sanar ou amenizar a situação da classe: “Ninguém aqui tem fôlego para esperar mais tempo. Caso as nossas reivindicações não sejam atendidas, muitos empregos serão perdidos e os empresários vão passar por mais dificuldades ainda”, alertou.

A classe pede vacinação massiva urgente, abertura dos estabelecimentos em período integral com regras rígidas e punições severas aos descumpridores das medidas de biossegurança, delivery e “takeaway” sem restrições de horário, isenção de impostos estaduais em todo o primeiro semestre de 2021, bem como do IPTU, criação de um auxílio para os colaboradores, além de financiamentos menos burocráticos, com prazo de carência mínima de seis meses.

Presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do RN (SHRBS-RN), o empresário Habib Chalita se encontrava entre os manifestantes solidários ao protesto: “Esse ato é espontâneo e representa o emprego no RN. Os organizadores entraram em contato conosco e resolvemos marcar presença. Acho que foi positivo e trará bons resultados. Todos sabemos que a saída é a vacina, para que possamos retornar ao trabalho. Isto é essencial para a nossa sobrevivência. Também são vidas”, comentou.

Ao final do protesto, soube-se que a governadora deverá se reunir na próxima semana com representantes do setor, através de videoconferência.