Colunas

Fotos: Divulgação

A cerca de 12 Km da bela Garanhuns, cidade serrana, de clima frio, água pura e praças floridas, nasce a primeira vinícola do Agreste pernambucano, Vale das Colinas, cujos vinhos tiveram sua safra inaugural em 2020.

O projeto, que nasceu do sonho do casal Michel e Micheline, foi inspirado no conceito de Vinícola Boutique, com produção artesanal, em pequena escala, colheita manual das uvas, enoturismo e utilização sustentável dos recursos ambientais, que contempla um espaço multi eventos (salão das artes), com acervo e exposição de trabalhos de artistas locais.

Com o apoio da EMBRAPA semiárido, UFAPE (Universidade Federal do Agreste Pernambucano), Instituto Agronômico de Pernambuco e Instituto Federal do Sertão Pernambucano, através de pesquisadores, agrônomos e enólogos, a Vinícola tem em seu encepagement, Cabernet Sauvignon, Malbec, Muscat, Petit Grain, Pinot Noir, Mouvèdre e Riesling, plantadas em 2018, que vicejam ao som da música clássica em vários estilos, executadas em campo aberto no vinhedo, algo inusitado.

A estrutura de vinificação, ainda em construção, só ficará pronta para vinificar in loco a partir da safra de 2022. Mas até lá, as uvas são colhidas e vinificadas no Vale do São Francisco. Os vinhedos, plantados a uma altitude média de 750 metros, com excelente amplitude térmica, são irrigados por gotejamento.

Eu tive a grata satisfação de provar os vinhos da safra inicial em primeira mão, ainda sem rótulos, graças à atenção do amigo Michel e sua esposa. Impressionou-me a qualidade alcançada com plantas tão jovens e com as adversidades vinícolas causadas pela pandemia, o que só me convence de que, com o aumento da idade das plantas e com o capricho demonstrado pela equipe de campo, o futuro do vinho do Vale das Colinas é muito promissor.

Um destino para encantar os olhos, o espírito e os sentidos para os amantes do vinho no Nordeste.