Colunas
Página anteriorA melhor idade e o mercado de trabalho
Tenho o privilégio de poder trazer, aqui, pequenas reflexões sobre o mercado de trabalho na área de restauração e hospitalidade, dentre outros assuntos pertinentes a minha profissão. Fico feliz e agradecido aos amigos, colegas de trabalho e a todos que de alguma maneira dedicam uns minutinhos do seu dia, nesse corre-corre intenso, para ler essas pequenas reflexões. Muito Obrigado!
Atualmente, tenho tido a oportunidade de estar, diariamente, em contato direto com o mercado de trabalho na cidade do Natal, seja na área de hotelaria ou restauração. E venho observando a quantidade expressiva de profissionais e colaboradores mais maduros, alguns já na dita “melhor idade”, em plena atividade profissional e outros buscando oportunidades de trabalho na área.
E o que me motivou a novamente tocar nesse assunto, agora com ênfase na “melhor idade”, foi a atitude de uma “jovem senhora” de exatos 62 anos, entregar em minhas mãos o seu currículo profissional, candidatando-se a uma vaga em um dos restaurantes que atualmente avalio e desenvolvo um novo projeto. Conversando rapidamente com ela, percebi em seu olhar, um brilho, uma singeleza e uma determinação impressionante, apesar de sua pouca escolaridade.
Lendo suas atividades profissionais desenvolvidas, percebi que era uma colaboradora estável nas empresas, todas as atividades foram desenvolvidas por, no mínimo, 6 anos em cada uma delas, coisa rara atualmente, pois, sem entrar no cerne da questão, a rotatividade profissional é extremamente grande em nossa profissão!
Isso me faz refletir sobre a capacidade humana de modificar-se, adaptar-se a todos os cenários, basta que se determine e coloque foco naquilo que realmente deseja: O TRABALHO DIGNO E PRODUCENTE. Além disso, o que percebi nessa pequena entrevista, é o quanto podemos conquistar, quando realmente queremos e desejamos.
Ouso dizer que todas as idades são bem vindas ao mercado de trabalho, e especialmente em nossa categoria, apesar do cansaço, da atividade extenuante, do estresse excessivo, da labuta pesada e diária, porém exultante quando todos os resultados são alcançados e, os que não são, possam ser reavaliados. E assim que tenhamos uma nova oportunidade de apresentar novos caminhos, novas visões e novas estratégias.
Por isso, afirmo, sem a menor sombra de dúvida, que a melhor idade nos ajuda a refletir mais, a estabelecer um equilíbrio entre a força bruta juvenil, às vezes impetuosa, e a maturidade e tranqüilidade da melhor idade, amena, singela e sempre prudente nas palavras, nas ações e nas atitudes!
Parafraseando o grande amigo professor e chef José Wilton Nobre, diria: JOVENS, INSPIREM-SE!
Por isso, a MELHOR IDADE PARA O MERCADO DE TRABALHO é aquela que produz, respeita, acredita, compartilha, aprende e está disposta a se moldar pelos melhores exemplos.