Novo normal?

Opinião - Arthur Coelho

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Dia desses, durante uma live, me perguntaram sobre qual era minha opinião sobre o NOVO NORMAL no segmento da alimentação fora do lar e nos departamentos de Alimentos e Bebidas na hotelaria, por exemplo. Repliquei com uma pergunta: NOVO NORMAL? Meu interlocutor me respondeu: SIM, NOVO NORMAL!

Bem, então tá, vamos lá! Cuidar da saúde e da segurança alimentar e seus processos, é novo desde quando? Respeitar os espaços públicos, suas estruturas, seus tamanhos e suas capacidades sejam elas produtivas ou de aglomerações, é novo desde quando? Comprar, receber, higienizar, produzir, armazenar e distribuir, corretamente, seguindo protocolos e RDC’s, de forma que todos estejam seguros, é novo desde quando?

Zelar, contribuir para o uso correto de equipamentos e EPI”s, comprometer-se com resultados sanitários seguros, ser pertencente ao projeto de forma arrojada, clara, transparente e objetiva, é novo desde quando?

Bem, poderia passar o restante do texto listando processos, rotinas, atitudes e compromissos tomados com a legislação, com o bom senso e com o profissionalismo, mas não farei isso, até mesmo por respeito a você, caro leitor e amigo.

Iremos, juntos, eu e você, nos comprometermos a fazer o nosso normal, ser o normal que sempre deveria ter sido! Coerente, justo, profissional e seguro para todos nós. Aos gestores, cabe fazer cumprir, implantar, implementar, conduzir, ajustar, treinar e criar processos e rotinas coerentes, seguras, técnicas e sem achismos. Aos profissionais, cabe fazer valer os processos implementados, validar suas capacidades profissionais, seus conhecimentos, sejam acadêmicos ou empíricos, mas que sejam de bom senso, de coerência e de respeito ao produto, ao cliente, a empresa e ao empresário.

Aos consumidores, me incluo também nessa categoria, fica o compromisso de fazer valer as regras do bom senso e do consumo consciente, respeitando toda a cadeia do segmento, consumindo de forma correta, equilibrada e respeitosa com todas as categorias de empresas, produtos e profissionais. Aos produtores, cabe o respeito com a produção correta da matéria prima, do plantio, da comercialização, da distribuição, do ganho/lucro e da ética nas relações comerciais.

Ao conjunto dos estabelecimentos, suas associações, cooperativas, agrupamentos e todos os envolvidos com o setor, cabe a forma ética, coerente, estruturada, respeitosa de se relacionarem comercialmente conosco, os consumidores e profissionais do setor.

Enfim: onde está o “NOVO NORMAL E SEU LEGADO DEIXADO PELA PANDEMIA!

Será que arriscarei demais, dizendo que nosso normal, nunca foi normal, sempre foi da forma que era possível ou conveniente, conforme a proposta comercial ou do toma lá, dá cá?

Será que arriscarei demais em dizer que: o “sócio majoritário”, continuará com suas mordidas faraônicas, para alimentar e saciar suas fomes de poder, de encher a “burra” (caixa]/cofres onde se guardam objetos de valor, joias, dinheiro, etc.) até o transbordamento das mesmas, sem dar a menor bola para o segmento ou mesmo o pós-pandemia?

Bem, deixo para depois do cafezinho, o tempo para pensar nessas questões, pois as panelas estão no fogo e o feijão pode queimar!!!